Meus objetivos

Quem nunca aqui saiu comprando ativos sem nem saber o porquê de estar fazendo aquilo, sem definir objetivos? Bom, eu mesmo encontrei dificuldade em definir onde iria investir. Um dos motivos foi não ter objetivos, como investidor, claros pra mim, como são hoje (ta aí uma dos motivos do nome Investidor Impaciente). Então, por experiência própria, esse deveria ser um dos primeiros passos pra quem vai converter grana em ativo, porque facilita muito na definição de alocação.

Foco

Bom, meu desejo é tanto crescer meu patrimônio, quanto conseguir fluxo de caixa, sendo esse o meu principal foco. Então, mais do que ver o patrimônio crescer, meu objetivo é ter um fluxo futuro denso e intenso, para que eu seja independente.

Eu acredito muito que a independência do investidor comum, como eu, passa por criar outras fontes de receita, pois normalmente dependemos bastante do salário. Pra ter ideia, 90% da minha renda hoje vem do salário. Mesmo eu tentando poupar 50% dele ou mais, ainda há uma dependência alta. Portanto, isso é uma motivação a mais pra criação de um fluxo de caixa paralelo.

Um fluxo de dividendos suficiente para cobrir minhas despesas mensais, retiraria a necessidade de vendas mensais, que corroem o patrimônio ao longo do tempo. Além disso, eu quero a liberdade de direcionar o fluxo de caixa gerado pelos investimentos pra onde eu quiser e quando eu quiser.

Percebeu? Minha estratégia é bem focada em me dar liberdade, inclusive na tomada de decisão.

É interessante citar que nem sempre fluxo foi meu objetivo. Eu sempre tive aquele velho pensamento de fazer apenas o patrimônio crescer, sem se preocupar com ganho real e renda passiva. Acredito que isso acaba levando você para renda fixa, pois você se apega demais ao patrimônio e acaba evitando oscilações (pra baixo), típicos da renda variável. Sem notar, isso acaba tirando de você essa liberdade de criar e direcionar fluxos. Então, pra mim, investir em ações é uma maneira de gerar renda melhor do que eu poderia obter se não corresse riscos. Dessa forma, correr riscos me faz sentido.

Alocação

Como comentei, minha estratégia consiste em poupar o máximo possível (até 50% do salário) e investir (alocar). Em 2019 eu mudei bastante a minha alocação de ativos (asset allocation), retirando todos fundos multimercados antigos (que cresceram e chegaram a representar 35% da carteira) e migrei grande parte pra renda fixa, de forma a me deixar confortável para investir em renda variável por conta.

Não posso reclamar do veículo de multimercados, mas o risco/retorno não me agrada, especialmente com a queda da Selic. Então, modifiquei minha alocação de forma a ter 2 extremo: riscos baixos em renda fixa e tomada de risco maior na renda variável através de ações. Me sinto mais confortável assim.

Alocação precisa ser fixa?

Hoje minha alocação está configurada em aproximadamente 35% em renda variável e 65% em CDBs, Certificados de Depósitos Bancários. Mas não é a minha meta, de acordo com meus objetivos atuais. Por que? Até o ano passado, eu e a sra.Impaciente tínhamos um objetivo não tão definitivo: comprar um imóvel para morar. Isto fez com a parcela em renda fixa aumentasse de forma razoável nos últimos 3 anos e atingisse o pico final do ano passado. Hoje estamos decididos a nos mudarmos, mas provavelmente seja para morar de aluguel, visto que talvez não seja o momento ideal pra criarmos raízes e imobilizar nossa grana. Dito isso, é bem provável que, desse ano em diante, eu irei focar meu fluxo de caixa livre (minha grana mensal, descontada dos custos e despesas) em renda variável, claro que oscilando conforme as condições de mercado. Não me cobro extrema rigidez na alocação, e acho importante ser maleável, de certa forma. Mas ter uma meta alvo ajuda muito.

Minha alocação

Na Renda Fixa, invisto majoritariamente em CDB’s, que variam entre 100% e 120% do CDI. A maioria deles vencendo entre início deste ano e início de 2021. Minha meta de alocação é 50/50, mas com frequência fico fora da meta. Os motivos são vários: parar pra estudar onde alocar; acreditar que o preço tá muito acima do que eu acho razoável; etc.

Bom, dentro da renda variável, minha alocação acaba variando conforme as condições de mercado. Porém, de forma geral, procuro manter alocação de 65% ações e 35% mercado imobiliário. No último semestre aloquei majoritariamente em ações que, na minha opinião, possuíam bom potencial de crescimento e certa defasagem de preço. Mas o mercado esticou. Por isso minha meta nesse início de ano é estudar e investir no mercado americano e em alguns fundos imobiliários de papéis. Estes, como forma de proteger de uma aceleração da inflação.

Aliás, seguiremos na saga de transferir a custódia da DriveWealth para outra.


E aí, quais são os seus objetivos como investidor?

2 comentários em “Meus objetivos”

  1. Meus objetivos como investidor é buscar a independência financeira, para não ficar de mãos vazia diante de quedas econômicas (como fiquei nessa crise do Corona Crash). Depois que fui demitido do serviço, me sentir sem nada, sozinho,largado e em certos momentos passei fome, me vi várias vezes em momentos pelos quais não sonharia que ninguém passa-se.
    Diante desse episódio da minha vida, percebi que era um brasileiro focado em comprar passivos e quando precisei vende-los a depreciação do mercado vez eu perde mais que 70% do preço cheio. Foi um tapa na minha cara para acorda. Ainda estou definindo minhas metas e objetivos, mas só pelo fato de ter acordado e encontrado esse mercado já me quebra um baita galho para que desse ano em diante consiga viver melhor e não apenas SOBREVIVER.

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