Estratégia na carteira de investimentos

Qualé futuro tubarão! Tudo certo?
Então, uma questão que ronda bastante a cabeça de todo investidor é como compor uma carteira de investimentos. Bom, ela é muito importante e existem inúmeras possíveis estratégias de composições de carteira. Pra ter ideia da importância, Benjamin Graham acreditava que a primeiro decisão do investidor deveria ser como alocar seus investimentos. Para Graham, é a decisão mais importante na vida do investidor. Eu não poderia concordar mais…

Segundo estudos acadêmicos, a decisão de alocação, asset allocation, é responsável por 94% dos resultados atingidos pelos investidores. Isso coloca os outros dois fundamentos de composição de portfólio, market timing e security selection, em um segundo plano.
Mas e aí, como compor o portfólio?

Escola de Graham

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De acordo com Graham, a alocação nunca deveria passar de 75/25, entre ações e títulos. Ou seja, você nunca deveria se expor demais nem em ações nem em títulos públicos. Para Graham, o ideal seria 50/50. Segundo ele, um investidor conservador se satisfaz com ganhos na metade do portfólio quando o mercado sobe, mas em inclinações severas ele se consola muito com a metade que se mantém intacta, enquanto os demais investidores mais aventureiros estão sofrendo.Graham escreveu isso quando o spread entre títulos públicos e ações estava alto, com prêmio de 5% em relação ao yield dos títulos (bonds). Hoje, pra se ter ideia, o spread é muito menor, trazendo menos bônus para a tomada de risco.

Ideias de John Bogle

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Basicamente: A carteira de investimentos deve levar em conta a fase da vida. John Bogle era adepto da filosofia de Graham, em que nunca se deve passar de uma determinada alocação em ações e títulos de renda fixa. Mas Bogle era mais flexível. Para ele, um investidor jovem, pensando em aposentadoria, deveria alocar aproximadamente 80/20, mas conforme o tempo passasse deveria mudar essa alocação e diminuir a exposição à renda variável. Bogle seguia a linha de Graham, e citava que a alocação depende do tempo disponível para que a mágica dos juros compostos funcionem. Bogle foi o fundador do primeiro fundo de índice e acreditava muito na ideia do investidor não se expor além dos riscos existentes do mercado (comentarei sobre isso mais adiante).

Warren Buffett

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Buffett concentra a carteira de investimentos em renda variável e cita os títulos públicos apenas como “parking lot” (estacionamento), enquanto busca uma alocação eficiente em ações para o longo prazo. Porém, Buffett cita bastante a ideia do investidor comum alocar a sua carteira em fundos de índices, sem se expor a riscos além dos que já existem no mercado, caso não tenha o tempo suficiente para acompanhar e estudar a fundo as empresas. 

Yale

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Modelo criado na universidade de Yale nos EUA.
As universidades dos EUA são organizadas no sentido de investimentos, muitas criam modelos próprios. Um exemplo de sucesso é da universidade de YALE. É um portfólio bem diversificado e com gestão bastante ativa. O modelo pode ser replicado aqui no Brasil, usando ETFs e “abrasileirando”, ao substituir por exemplo Private Equity por small e micro caps.

Para o criador do modelo David Swensen, há 3 principais questões para asset allocation de longo prazo:

  • Focar em ativos de renda variável
  • Diversificar entre classes de ativos (é bem óbvio isso a partir da gráfico de distribuição deles)
  • Preocupar-se com taxas

Se você quiser conhecer mais sobre o modelo Yale e sobre o racional por trás, recomendo fortemente o livro do professor David Swensen. Esse livro é muito bom e é voltado ao investidor pessoa física, e me ajudou muito a melhorar meu portfólio.

Bom essas são algumas formas de compor uma carteira, de maneira macro.
Independente da “escola” que você prefira seguir, tenha uma estratégia e objetivos bem claros, isso vai facilitar muito a sua vida e diminuir a ansiedade.
Você pode seguir uma delas (ou misturar) mas nunca se não esqueça: Diversifique sempre! (assunto pra uma próxima)

Abraço!
Impaciente

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