Considerações
Existem três estruturas básicas que são fundamentais para entendimento do funcionamento contábil de uma empresa, dentro de um período. Digo “dentro de um período” porque não necessariamente é uma determinante de como a empresa funcionará, pois ela pode estar tanto se preparando para um período próspero, como desfrutando dos seus últimos dias (dramático, exagerei aqui hahaha). Bom, essas estruturas básicas são o Balanço Patrimonial, o Demonstrativo de Resultado de Exercício (DRE) e o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC). São os pilares que todo investidor deve saber. Aqui deixo a primeira ressalva: Chegue aqui, na avaliação contábil, já entendendo de como a empresa funciona, através de uma análise qualitativa (assunto pra outra série futura, caso vocês se interessem).
Os 3 pilares
O Balanço Patrimonial é uma foto do estado atual da empresa, demonstrando como ela se financia e onde ela investe. A parte do financiamento se refere ao combustível da empresa, digamos assim, enquanto a parte dos investimentos é onde ela aplica esse combustível, para gerar o lucro e crescer (quando investe nesse sentido cresce). Aqui no BP são apresentados os ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações), bem como o Patrimônio Líquido, que é diferença entre o total de ativos e passivos. O Patrimônio Líquido nada mais é o capital que os sócios tem em uma empresa, em determinado momento no tempo.
No Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), vemos todo andamento de uma janela de tempo, como num filme. Os fatos aqui, como receita de vendas e prestação de serviços, são contados (contabilizados) na data que o evento ocorreu. Traduzindo: Uma venda é considerada receita entrando, mesmo que ainda não tenha chegado ao caixa de fato. Então o DRE pode ser chamada de “mentirosa” por quem olha os bastidores de tudo (o dedo duro do DFC) .
No Demonstrativo de Fluxo de Caixa, DFC , você vê o dinheiro fluindo pelo caixa da empresa (entrando e saindo), na data que foram efetivados, não na data do evento que gerou esse pagamento. Este evento pode ser entradas em caixa de grana, seja por receita ou financiamento, ou saídas (despesas e custos, por exemplo).
Recados
Recado 1 – Ao longos da série eu irei fazer alguns exemplos básicos, que acredito ajudarem o investidor que tem dúvidas nessa parte de contabilidade, algo não trivial. Os exemplos são simples, no sentido de tirar qualquer distração para que você observe os fatos importantes. Porém acredito que darão a você as ferramentas necessárias para “andar” por um ambiente mais complexo. Por complexo, entendo ser um ambiente com muitas “distrações”, logo os treinos com exemplos simples são para acostumar você a encontrar os dados necessários pro entendimento básico. Claro, haverão alguns exemplos reais.
Mas entenda: o básico é poderoso!
Recado 2 – procure se acostumar com a nomenclatura aos poucos( e siglas). Eu me atrapalhava muito com isso no início. Ao se acostumar com elas, você dará um passo enorme pra entender a maioria das coisas necessárias pra uma análise adequada.
Até a próxima!